Os Menires do Lavajo situam-se a cerca de 1,5 km a Nordeste da povoação de Afonso Vicente, no alto de um pequeno outeiro com 155 m de altitude, na freguesia de Alcoutim. Em 1992, foi identificado o primeiro e o maior menir do Lavajo, por António do Nascimento, João Luís Cardoso e Mário Varela Gomes. Trata-se de um monólito talhado num bloco de grauvaque, de cor cinzenta escura, de aspeto estelar, com secção elipsoidal, e com 3.14 m de altura. Apresenta uma rica e diversificada decoração conjugando elementos, como as características fossetes (covinhas) dispostas ao longo de um sulco longitudinal, com círculos e outros elementos.

Seis anos mais tarde, em 1998, e durante os primeiros trabalhos de escavação científica, sob a responsabilidade do arqueólogo João Luís Cardoso, foram identificados quatro grandes fragmentos pertencentes a mais dois menires, assim como os seus respetivos alvéolos originais. Dos fragmentos encontrados verificou-se que três permitiam a reconstituição parcial de um menir, sendo o quarto fragmento pertencente a um terceiro menir. Estes factos levantam a hipótese de se poder estar perante um alinhamento de menires. Cronologicamente tudo indica que estes menires foram edicados muito provavelmente na segunda metade do quarto milénio a.C. (3.500 a.C.), numa fase cultural integrada no Neolítico do Território Português.

Com os resultados da investigação arqueológica foi elaborado em 2004, pela autarquia, o “Projeto de Recuperação e Valorização dos Menires do Lavajo I”, que contemplou o restauro de um dos menires, a colocação vertical nos alvéolos originais de dois menires e a translação de um fragmento de menir para o Núcleo Museológico de Arqueologia, onde se encontra exposto. Para tornar o sítio visitável foi criado um parque de estacionamento, percurso de visita e colocação de um painel informativo. Também foi colocada uma vedação, como proteção preventiva, em redor dos respetivos monumentos. A estação arqueológica Menires do Lavajo, foi inaugurada a 25 de abril de 2004.

A estação é um complemento à visita ao Núcleo Museológico de Arqueologia e é de acesso e visita livres, mas também podem ser efetuadas visitas guiadas para grupos mediante solicitação atempada ao município.